quinta-feira, março 06, 2014

Milhares de polícias rumam a São Bento

Milhares de profissionais das forças e serviços de segurança estão hoje concentrados junto ao Marquês de Pombal, em Lisboa, para protestarem contra os cortes nos vencimentos, numa manifestação que conta com uma grande adesão de militares da GNR.
Os manifestantes vieram de autocarros de todo o país, prevendo que saiam da rotunda do Marquês de Pombal em direcção à Assembleia da República por volta das 19h00.
O presidente da associação dos profissionais da guarda APG/GNR, César Nogueira, disse à agência Lusa que a grande mobilização de militares da GNR se deve ao descontentamento, participando hoje no protesto maior número de elementos desta força de segurança do que em 21 de Novembro de 2013.
"Já existia um grande sentimento de revolta, mas com os cortes nos vencimentos, que se verificam desde Janeiro, a situação agravou-se", adiantou à Lusa César Nogueira.
Empunhando bandeiras dos respectivos sindicatos e associações profissionais, os manifestantes estão a ouvir declarações dos presidentes das estruturas que os representam.
Milhares de elementos das forças e serviços de segurança voltaram hoje a manifestar-se em Lisboa contra os cortes salariais e congelamento das carreiras, protesto que os organizadores estimam ser o maior de sempre.
O cortejo de protesto, que se realiza entre o Marquês de Pombal e a Assembleia da República, é promovida pela Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, estrutura que congrega os sindicatos mais representativos da GNR, PSP, ASAE, SEF, Guarda Prisional e Polícia Marítima.
No espaço de três meses esta é a segunda manifestação dos elementos das forças e serviços de segurança, tendo a primeira, a 21 de Novembro de 2013, terminado com a invasão da escadaria da Assembleia da República e com a consequente demissão do director nacional da PSP.
Na altura, o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, classificou como "absolutamente inaceitáveis" os acontecimentos que motivaram a invasão da escadaria do parlamento, garantido que "foi uma excepção que não voltará a repetir-se".

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